Mansão Delacroix (Chelsea)

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Anne, quando você entrar no seu escritório, você encontrará uma carta lacrada com um símbolo estranho, que você nunca viu, quando o abrir, verá que é um pedido, uma encomenda de um quadro, com um cenário apocalíptico em que um homem alto e loiro esta no meio morrendo; as letras são de uma tinta que você nunca viu, pois elas mudam de cor de acordo com o feixe de luz que elas recebem, uma coisa realmente maravilhosa e que te prende atenção por um bom momento, fazendo você esquecer um pouco o resto das coisas.

Quando olhar dentro do envelope, verá que tem uma esmeralda pequena, bem lapidada que será a forma de pagamento de seu cliente misterioso, que não deixou remetente na carta nem qualquer coisa que pudesse identificar da onde veio...

Anne, você começa a invocar as lembranças do passado, de seu passado negro e logo muitas visões começam a surgir... visões de um cavaleiro negro em uma tempestade... e logo ele some e vem a imagem de seu irmão fazendo as mesmas coisas com você quando você ainda era uma mera mortal, só que desta vez seu pai em vez de interferir nos abusos, ele senta-se em uma cadeira acende um charuto e começa a dar risada de você, incentivando seu irmão a continuar cada vez mais e mais... e não é somente ele, pois Edmund seu eterno amado também estava la ao lado de seu pai, dando risada e também incentivando seu irmão, e quando você desvia o olhar dos mesmos, a imagem de sua mãe aparece, chorando, pedindo, implorando perdão, clemência a seu irmão, a seu Pai e Marido, mas nenhum dos três parecem ligar para a mesma, chegando até mesmo de vez em quando até mandar ela calar a boca, dizendo que você tinha que pagar pelos pecados que cometeu, por você a ter matado durante o parto, que era sua culpa a Familia ter se destruído... que se você não tivesse nascido, a Familia estaria unida até hoje... e mais uma vez a imagem de um cavaleiro negro aparece em sua mente, no meio de uma tempestade, com vários corpos pelo chão, sendo um deles de Gladis a Senescal... o Cavaleiro negro de cabelos compridos loiros, esta olhando a você, com um sorriso satisfeito com tudo o que esta acontecendo a sua volta...

Quando você consegue se libertar do Pesadelo, você vê que pintou um quadro tão estranho, tão real, tão destruidor que lhe chega a dar medo, mas no fundo você se sente também realizada pois foi o segundo melhor quadro que você pintou, sendo o primeiro o do cavaleiro negro de quando você ainda era viva...

Esse quadro, quando você repara bem, há um cavaleiro negro também, só que você consegue enxergar mais ou menos o rosto dele, e vê um homem alto, forte Loiro... de cabelos compridos parecendo até mesmo um Viking, e ele esta com o mesmo sorriso satisfeito que em seus pesadelos...

Quando Anne desperta de seu pesadelo o quadro está pronto e ele mete medo em Anne. O semblante do Viking a amedronta. Ele parece cruel, de uma forma que ela viu apenas uma vez em sua longa existência Sentindo as faces molhadas ela vira as costas para o quadro. Larga a aquarela sobre a mesinha. Não poderia cobri-lo ainda, mas dentre breve o faria, era uma pintura estupenda, mas lhe causava arrepios, lentamente com a face lívida manchada de vermelho ela se aproxima novamente da sacada, debruça-se no parapeito e olha para fonte. Cometera um erro e agora sabia disso, aquelas lembranças a aumentariam por muitas noites. Jamais vira a sua família daquela forma, mas talvez fosse verdade. A família havia de destroçado depois de seu nascimento, e isso ainda a atormentava. Suspirando ela limpa as bochechas na manga do vestido, que nos punhos se torna escarlate, com finíssimas listras negras. Lembra-se então que vira Gladis em seu pesadelo, não entendi o que ela fazia lá. Era sua amiga, e ao lembrar que ela parecia ter encontrado a morte final no pesadelo faz seu coração contrair-se. Anne ansiava ainda mais agora a presença de Edmond, ele tinha o dom de acalmá-la, e agora ele estava distante, o medo de algo ter acontecido a ele abate Anne.
Ela permanece debruçada sobre o parapeito da sacada fitando o nada. Imersa em pensamentos.
O quadro já estava terminado, mas com uma carta sem remetente como ela iria avisar o comprador?
Uma idéia ocorre a Anne e ela volta para o interior do ateliê, fecha a porta balcão e as cortinas, atravessa a sala em direção a porta e sai, mas antes pega o envelope e a carta. Procura por uma das empregadas. Iria descobrir quem entregara aquela carta.

Anne, ao usar seus poderes de Auspicios, você sente e vê, um forte poder magiko, sabe que somente existe duas possibilidades de alguém com poder para tal feitio, um deles seria os Arcanos, e outro as Fadas, tendo a ultima muito mais indícios, pelo fato da tinta brilhante, do cenário que pediu o quadro, você até pode achar que as fadas querem sacanear alguém com isso...

Ao pensar em fadas, seu pensamento vôa longe, imaginando como seria encontrar uma fada de verdade, pois você nunca chegou a encontrar uma, apesar de sempre ter ouvido falar das mesmas...

Anne após uma boa "Noite" de sono, você vai despertando de um sonho tão gostoso com seu Edmond, você vai acordando com alguém fazendo carinho em você, do mesmo jeito que seu marido estava fazendo em seu sonho, e por causa disso você não queria acordar pois para você na verdade o carinho é no seu sonho, mas quando você acorda, vê a imagem de seu senhor, de seu amor... aquele ser que até hoje a vinha protegendo de tudo e todos, que lhe vinha ensinando a arte de viver, de amar e tudo o mais que há de gostoso nessa vida... quando você desperta de vez, repara que ele esta sorrindo a você, um sorriso que há tempos você desejava no fundo de seu âmago... aquele sorriso acolhedor e caloroso que lhe fazia tão bem... e quando ele percebe que você despertou ele diz:

[Adam] - Olá minha querida Anne... pelo visto estava tendo um sonho muito bom pois demorou a acordar com meus carinhos... espero que seja comigo que estavas sonhando ^^; Senti muito sua falta nessa minha viajem pela Europa... conheci lugares tão belos que iria adora-los também com certeza, por isso reservei passagens de navios para daqui alguma semanas, quando já terá passado a festa de Lorde Tanus que ele pretende dar, e que vois mece e a srta Gladis irão organizar se eu não me engano, não estou certo??

*Anne vcê se encontra em uma alegria sem tamanho, pois seu marido e senhor estava de volta, e os pensamentos das trevas, sobre o quadro, seu irmão foram-se para o espaço e sua mente esta envolta de pensamentos felizes novamente...

*Edmund parecia também muito feliz por estar de volta a sua casa, de estar perto de sua mulher de novo, e como já esperava Anne se comportará como um criança ao acordar e vê-lo... ainda o Arconte teria que fazer Anne se portar mais como uma Mulher como ela era realmente, do que como menina como gostava de se portar, mas a hora não seria essa, pois agora era hora somente de matar saudades, por isso Edmund, senta atrás de Anne na cama, e começa ele mesmo a tirar os cachos restantes do cabelo de sua mulher dizendo:

[Edmund]- MInha querida Anne... fique sabendo que seus quadros realmente fizeram sucessos mundo afora, o que me deixou muito feliz, e me deixarás mais feliz ainda se continuar a usar essas tranças que estavas usando... ficou muito bom em vois mece minha doce Cria...; agora gostaria de poder ouvir os relatos do que aconteceu em Londres e em sua vida nesse período em que estive fora... pois com certeza tens muito a me contar não tens????

*Como sempre, seu senhor e marido sempre sabia mais de sua vida do que você poderia imaginar que ele soubesse... e isso sempre te tranqüilizou...

*Edmund ouve com muita paciência e curiosidade tudo o que Anne falava, principalmente sobre as Fadas e os quadros, a obra prima de Anne, cujo mesmo estava em seu escritório, e o ultimo que pintou, que agora se encontra no Ateliê do Elisium, o que também foi uma novidade para o Toreador, pois não imaginava que Tanus pudesse ser capaz de dedicar um espaço inteiro do Elisium aos Toreador e obras de arte, não que o mesmo não gostasse de Obras de Arte, pois bem sabia Edmund que ele mandou roubar alguns quadros pelo mundo, para sua coleção, quando não conseguiu compra-los... após ficar pensativo um pouco, Edmund fala:

[Edmund]- Muito interessante saber disso minha amada, e garanto a vois mece que fiquei mais impressionado com o fato de Lorde Tanus ter feito um Ateliê em seu Elisium, do que com as fadas; quanto as fadas, não se preocupe meu amor, pois eu mesmo devo ir falar com elas, caso apareçam para levar seu quadro, pois quero uma cópia dele para mim, pois deve significar algo as fadas terem pedido que pintastes o tal quadro, mas isso veremos mais tarde, pois agora prefiro falar de assuntos mais gostosos, como por exemplo sobre esse bonito anel que comprei em Istambul, de um comerciante local, e quando vi, o comprei imediatamente para dar a vois mece meu amor... espero que goste realmente, pois ele não uma coisa chamativa nem exuberante, e sim uma peça mais simples, mas porém não menos bonita do que outras de seu gênero...

Edmund, com muita delicadeza coloca o anel em sua mão Anne, e logo em seguida beija a mesma com muito amor para depois deposita-la na sua frente no colchão, e fica olhando você, chegando as vezes passar os dedos em seus cabelos...

Anne fitava o nada tentando afastar as imagens ruins da visão, quando Edmond começou a falar, como num passe de mágica tudo desapareceu. Edmond tinha esso dom, fazia Anne sentir-se mais seguras do que jamais fora em toda sua vida. nem mesmo Pierre a assutava quando Edmond estava por perto. Ela virou-se para ele e prestou atenção às suas palavras.
Surpresa ela escutou as palavras dele sobre as fadas. Não imaginava que ele possuísse tanto poder e influência. Os olhos de Anne brilham quando ele fala em presente, e ainda mais quando mostra o anel. Anne o coloca no dedo anelar da mão esquerda sorrindo.
- Lorde Tanus é por demais gentil meu senhor, sempre foi. Sempre repleto de gentilezas. Fiquei fascinada com a iniciativa dele. Poderei expor meu quadros, com meu verdadeiro nome.
Ela olha o anel
-Ah, meu querido, não precisava, mas fico contente que o tenha trazido para mim.
Ela se aproxima novamente de Edmond sentando-se sobre suas pernas e o beijando profundamente. Ela o fita no olhos ao erguer o rosto e sorri, cachos negros adornando a pele de porcelana e espessos cílios negros emoldurando duas safiras faiscantes. O sorriso é angelical, Anne o abraça, afundando a cabeça sobre o peito de Edmond. Aspira ao aroma almiscarado misturado com colônia masculina que ele exala.
-Obrigada meu amor...Obrigada.
Ela fica alguns segundos o abraçando satisfeita por tê-lo ao seu lado novamente.
-Não sei o que faria se me deixasse algum dia Ed.
Ela ergue o rosto até alcançar os lábios dele. Beijando-o profundamente.

*Edmund não diz nada por um bom tempo, só se levanta uma vez para abrir as cortinas e deixar a luz da Lua entrar no quarto, e depois volta até Anne e a leva até a sacada do quarto, onde se sentam e ficam por lá algum tempo abraçados sem dizerem uma única palavra, pois entre os dois as vezes nenhuma palavra se fazia necessária para se entenderem... e só a após esse tempo de silencio é que o ancião Toreador volta a falar:

[Edmund] - Eu também senti sua falta minha amada, pois essas minhas viagens que faço a serviço de Madame Guill muitas vezes são uma chatice, e a única coisa que me alegra é poder ver seus quadros fazerem sucesso mundo afora... mas infelizmente essa não foi a primeira e nem a ultima vez que irei viajar a mando da Justicar...

Anne, seu marido ainda fica um tempo calado, sem dizer nada ao seu lado, abraçando você, até que o silencio é rompido pelo mesmo dizendo:

[Edmund]Meu amor... adoraria ficar ao seu lado durante essa noite.. não durante toda a eternidade mas infelizmente não posso, pois preciso falar com Lode Tanus e o novo P. Malkav sobre uma pessoa muito importante que eu estava procurando e soube que ele estava por essa região, e como sei também que precisas ir ao Elisium também, se troque e fique bem bonita pois depois de lá irei levar vos mece meu amor ao Teatro assistir Romeu e Julieta... o que achas???

Os olhos de Anne brilham e ela sorri. Abraça o marido com força o enlaçando pelo pescoço, se esticando ao máximo para fazer isso à diferença de altura entre os dois era gritante. Mas quando fala sua voz soa calma e reservada, reserva essa q é desmentida por seus olhos e sua reação.
-Adoraria ir ao teatro com você milorde.
Ela o beija de leve na face esquerda e se encaminha para o toalete adjacente ao quarto, deixando Edmond sozinho com seus pensamentos.
Ao adentrar o banheiro ela percebe que a banheira estava cheia e a água perfumada com seus óleos preferidos. Ela despe a combinação de seda transparente que vestia e entra na água tépida deixando seus músculos relaxarem. Uma criada a auxilia com os cabelos, e em pouco tempo ela está limpa e perfumada.
Amaldiçoa mentalmente enquanto se dirige ao quarto de vestir, ainda sem idéia do que usar naquela noite. O teatro com certeza requeria um traje formal e belo. Franzindo o cenho ela observa seu guarda roupa, nunca se importara muito com isso, mas sentia uma vontade imensa de surpreender Edmond.
Ela finalmente opta por um vestido, um que ela nunca usara, Edmond há presenteara alguns anos antes, e ela acreditava que a ocasião seria propicia para estreá-lo.

Com a ajuda da serviçal Anne traja o vestido vermelho sangue. Que contrastava lindamente com sua pele alva. Sorrindo ela se mira no espelho e espera paciente mente que a empregada ajeite seus cabelos em um elaborado coque, com cachos negros emoldurando seu rosto. A maquiagem é leve, quase inexistente. Quanto às jóias ela opta por um conjunto de diamantes e rubis que Edmond lhe dera por ocasião de uma de suas viagens a Turquia. Sim o conjunto de colar, brincos e anel era muito belo. Quando a serviçal termina Anne se olha no espelho e sorri satisfeita, quase não reconhece a própria imagem refletida.
Volta para junto de Edmond e sorrindo o fita.
-Podemos ir milorde.
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Ane, logo após pintar, você se dirige ao seu quarto, já que ja era tarde, e você estava cansada; seu marido ainda não tinha chego, e você não queria dormir sem ele, pois sabia que logo ele iria partir de novo, mas estava extremamente cansada e não daria para esperar, e por isso acabou por dormir.

Quando você acorda na noite seguinte, sentindo Edmond fazendo carinho em seus lindos cabelos, você lhe da um grande sorriso de satisfação e doçura, pois adorava aquilo, mas ao despertar melhor, e olhar direito em seu rosto, logo você sente que ele iria partir de novo, mesmo tendo chegado apenas ontem na cidade...